quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Mas o que é que tem a ver???

Olá caros e queridos leitores do meu humilde espaço que há muito não vem contando com movimento algum de postagens, primeiramente peço-lhes desculpas, pois tenho uma justificativa. Fiquei tanto tempo sem nada postar porque estava esperando que uma iluminação divina se fizesse presente em minha mente e eu pudesse lhes presentear com algo realmente nutritivo intelectualmente. Felizmente (ou infelizmente) desisti de não postar nunca mais e estou aqui quebrando minha decisão de outrora para expor-lhes minhas reles divagações matinais.
Enquanto as aulas não começam, ando tendo muito tempo ocioso, aqueles mais próximos de mim sabem o quanto pelo tanto que os perturbo. Deveria estar estudando mais profundamente, me preparando para o futuro, mas enfim, o que é necessariamente o futuro? Tá bom, não vou cair nesse filosofema e ficar, palavras e mais palavras, dizendo coisas que qualquer um já pensou, mas achou idiota o bastante pra não dizer a mais ninguém. Vou falar de algumas situações em particular que tenho visto e tem me feito pensar, digamos que, um pouco mais amplamente sobre as bases do assunto.
Desde uma ébria discussão de boteco sobre o que é a ética até um “sério” protesto contra os ditos do Ronaldinho (fenômeno) me fizeram pensar se quem propôs a relação realmente teve o cuidado de avaliar se era legítima.
Vamos ao primeiro exemplo, um amigo disse: Não existe ética, o que existe é a conduta de cada um que ele mostra pros outros. Não ataquemos as palavras usadas no argumento, pois está claro que o sentido dele não foi dizer que “ética é a conduta que cada um mostra pros outros, logo ética não existe”, mas que o conceito de ética do senso comum é falso, o verdadeiro sentido é o que ele propôs (imagino). Confesso que pensei em alguma coisa na hora pra dizer que ele estava errado, mas não encontrei nenhum e rapidamente descobri por que. O que ele fez não foi um argumento, mas deu uma definição apenas. Talvez se ele desenvolvesse mais algum tipo de argumento, seu argumento poderia ser atacado através da própria definição, enfim, só haveria continuação da discussão se eu estivesse um pouco mais bêbado a ponto de discutir a própria definição, obrigá-lo a aceitar uma outra, coisa com a qual já vi muita gente perder tempo, deixando escapar o foco da discussão.
Vi também uma espécie de protesto com uma pessoa tatuada e uma pessoa nua num desfile de carnaval, dizendo que a sociedade acha feio e errado a primeira e a segunda, certo e bonito. Sinceramente, não há relação alguma entre ambas. A primeira está tatuada, isso é bonito? Bom, alguns acham que sim, alguns acham que não, logo, é subjetivo. É certo? Certo e errado precisam ser definidos através de leis, suponho, e que eu saiba, não há em nenhum manual de leis da “sociedade” (a entidade citada) que diga ser certo ou errado. Enfim, mais um tanto faz aqui. No segundo caso, a mulher está como veio ao mundo num desfile de carnaval, isso é bonito? Mais uma vez, alguns acham que sim, outros acham que não (depende da mulher também hehehe), enfim, subjetivo também. É certo? O carnaval, prática cultural que no Brasil...[blá, blá, blá], enfim, ninguém pode andar peladão na rua em dias normais, mas no carnaval eu acho que pode que não é atentado ao pudor (presumo que a mulherada não vá toda presa por isso). Enfim, mais um talvez. Agora só uma perguntinha, onde é que está a relação entre uma coisa e outra?
Por fim (isso aqui já tá ficando grande), Ronaldinho disse que Copa do Mundo não se faz com hospitais, mas com estádios. Me digam o que foi que ele disse de errado? Que o país precisa de mais hospitais, condições melhores pro ensino, segurança, saneamento, e uma infinidade de outras coisas que qualquer pessoa sabe melhor que eu, todo mundo já sabe, mas cá entre nós, não é porque estão destinando verba pra preparar o país pra copa que estão desviando recursos das outras áreas correto? Não, talvez estejam mesmo desviando, mas se o corpo político do país desvia verbas na época da copa, em outras épocas desviam através de outras justificativas, o que está errado não é o fato de trazer o evento pro nosso país (nem os dizeres do artilheiro), mas nossa imprudência (ou falta de opção) durante as eleições, e possíveis soluções pra isso, podem ser discutidas mais amplamente em uma outra circunstância, quando eu tiver, ao menos, batido um papo com alguém que entenda disso.
Por hoje é só galerinha mais ou menos...
...aquele abraço e boa semana...
...Marmota!

sábado, 12 de novembro de 2011

Um pouco mais do mesmo...

Olá pessoal, bom dia, boa tarde, boa noite, enfim, serei um pouco direto hoje, ainda que acredite não ter o conhecimento necessário pra tratar desse assunto (como de outro qualquer). A parte boa é que pretendo ser breve.
Bom, trata-se do caso dos alunos da USP lá que todo mundo vem falando. Talvez meu ponto de vista tenha sido prejudicado por influências das fontes que eu li, entretanto, como de costume, tentei fazer com que a objetividade da minha opinião fosse afetada apenas pela minha subjetividade (QUE BIZARRICE É ESSA???), e não pelos ditos das fontes das quais eu fiquei a par dos acontecimentos.
Pelo que fiquei sabendo, tudo teve origem quando o reitor, devido a crimes que se sucederam no campus, decidiu abrir as portas da instituição aos PMs. Decorreu dessa decisão que as “batidas” tornaram-se freqüentes entre os discentes e em uma delas, uns alunos de geografia foram levados presos por portar maconha. Daí pra frente, conflitos entre alunos e policiais, ocupação de prédios, ataques (no sentido acadêmico do termo) mal fundamentados de ambos lados e, enfim, essa coisa toda que se pode acompanhar por qualquer lugar.
O ponto é o seguinte, se determinada ação é crime, é crime em qualquer lugar. Os alunos de uma faculdade não podem se sentir superiores ao ponto de defender uma suposta liberdade distinta lá dentro. Quanto aos demais pontos, creio que pessoas inseridas no meio acadêmico possam encontrar outras formas de reivindicar direitos a não ser através da violência e ocupação. Confesso que quanto a esses últimos pontos fico bem menos seguro do que no primeiro até mesmo por não conhecer tais “outras formas” sequer historicamente.
Uma visão, também sem histeria, em um ponto ainda mais específico e de certo modo até anterior a este que expus pode ser vista no blog do prof. Aguinaldo Pavão, e de certo modo não contraria o que digo, apenas trata de momentos distintos da discussão.
E como não gosto de falar apenas de coisas ruins, ou que não dê brecha pra, ao menos, um sorrisinho, trago também um projeto que achei muito interessante por visar “purificar” um pouco a imagem que os games tem na sociedade (ainda que isso seja meio ultrapassado) e principalmente ajudar quem precisa a ter um pouco de felicidade.
Jogos da Cura é um projeto, inicialmente da 4Player, que pretende levar entretenimento e alegria a crianças que sofrem com doenças graves, que passam boa parte de suas vidas nos hospitais. Assim como o projeto norte americano que inspirou a idéia, o Penny Arcade - Child’s Play, o objetivo é criar eventos de entretenimento em hospitais envolvendo jogos eletrônicos, fazendo com que a situação dessas crianças seja menos dolorosa, e para isso, o pessoal da 4Player já conta com a ajuda da FitGames, uma empresa que trabalha justamente com esse tipo de evento. Caso a idéia dê certo e o projeto receba uma ajuda razoável, é bem provável que o Jogos da Cura não se limite a eventos em hospitais, mas que consiga instalar centros de entretenimento permanentes.
Mais detalhes como, que conseqüências esse projeto pode trazer para a imagem que os jogos eletrônicos têm na sociedade ou quanto isso pode ajudar no tratamento dessas crianças podem ser vistos no vídeo.
Bom pessoal, Que os jogos da Cura comecem...
...um grande abraço a todos...
...Marmota!!!

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Uma Palhinha do Submundo


Olá pessoal, este é o texto inicial de um livro que eu havia começado a escrever e recentemente fui convencido a não desistir da idéia. O título que eu pretendo dar ao livro quando estiver pronto é Ética do Submundo e esse é o primeiro capítulo na íntegra, chamado Dos Modos do Submundo. Enfim, ei-lo:
Uma vez ciente de que, mesmo com esses olhos capazes de obter uma visão razoável mesmo nessas profundas trevas, nunca posso ter por verdade tudo o que é apreendido apenas pela visão, tampouco, mesmo dispondo de uma audição excepcional, confiar em qualquer sensação apreendida apenas por ela, por motivos óbvios, a saber, o fato das trevas serem a ferramenta mais apropriada para que nossas mentes, local ao qual são enviadas todas as informações dos nossos sentidos, possam se mostrar cada vez mais ardilosas até mesmo contra nós, é necessário sempre estar atento a tantos sentidos quanto possíveis sem dispensar sequer aqueles mais abstratos como a intuição e a imaginação.
Assim, o submundo se mostra a cada um de nós com extrema distinção e particularidade, parecendo mais escuro e assustador aos menos acostumados. Por outro lado, aqueles que já se acostumaram com o submundo, só o percebem menos escuro pelo fato de terem calejado seus olhos e sua imaginação com as mais freqüentes sensações, privando-se das infinitas possibilidades de sensações que o submundo oferece.
A maior vantagem em se acostumar com o submundo, enfim, está no contato direto com os não acostumados. As infinitas possibilidades de sensações cegam os não acostumados por ainda serem incapazes de ignorá-las, enquanto um indivíduo já acostumado com as trevas, se astuto, foca sua atenção ao submundo e às suas possibilidades de sensações quando lhe for conveniente, ou foca sua atenção em planejar e executar o mal aos demais indivíduos quando esses lhe aparecerem.
O submundo traz uma gama de perigos inestimável para aqueles que estão inseridos nele, seja pela sua natureza, seja pela natureza dos indivíduos que se encontram nele, ainda que não se possa identificar se o submundo tem essa natureza devido à preferência desses indivíduos ou se os indivíduos tem essa natureza devido às condições do submundo. O fato é que a natureza dos indivíduos do submundo completam a natureza do submundo e a natureza do submundo forma a natureza dos indivíduos, uma vez que qualquer que seja o indivíduo que, seja por questões físicas, seja por questões psicológicas, não se adéqüe ao submundo e à sua natureza é eliminado por ele de maneira precoce.
No que se trata das relações entre os indivíduos do submundo, o que mais se destaca é a sinceridade, pois, uma vez que somente aqueles que se mostram igualmente ardilosos e/ou perversos atingem o nível de estabelecer relações interpessoais, é natural que se saiba que, o que está em jogo não é o bem estar ou a preservação da vida, mas o mal-estar e a morte alheia, sendo assim, a riqueza de outrem me pertencer e a preservação da minha vida chega até mim de forma secundária, e isto se mostra claro uma vez que se trata de um ideal compartilhado por todos.
A morte não é um mal-estar, uma vez que aquele que morreu não sente nada após a sua morte, mas ela é almejada pelo fato de que se o outro morre, ele não poderá causar mal a um terceiro no qual eu poderia causar. Deste modo, entre a morte e o mal-estar é preferível causar o mal-estar, salvo se o indivíduo causar o mal-estar em meu lugar ou tentar a morte, sendo ela a minha, a dele ou a de outrem, a minha porque me priva de causar o mal, a dele porque desta forma ele escapa do mal que eu lhe causaria e a de outrem, porque me priva de causar o mal a este outrem.
O mal-estar não basta ser qualquer um, ele deve de fato causar danos ao corpo ou à mente do indivíduo de forma a perturbá-lo. Meras ofensas não podem ser consideradas mal-estar, pois dependem do entendimento de outrem para sequer serem compreendidas, assim como a discriminação e o preconceito. Esse tipo de tentativa de mal-estar é tão falho e medíocre que sua frustração, ou seja, o não entendimento, que já confirma o fracasso da tentativa, ou a ignorância quando entendido, faz com que o indivíduo que tentou causar o mal-estar se sinta tão perturbado de modo a ser encarado como o alvo efetivo da própria tentativa de causar mal-estar. Logo, formas tão ineficientes como estas são sempre levadas em conta como feitiços que podem ser voltadas contra o feiticeiro e, portanto, devem ser evitadas.
As mais eficientes formas de mal-estar que podem ser causados o são com danos ao corpo e, uma vez em um meio repleto de conflitos, nada mais palpável do que a utilização de armas muito bem escolhidas.
Bom pessoal, é isso, por hoje é só...
...um grande abraço e uma ótima semana...
...Marmota!

terça-feira, 4 de outubro de 2011

E se for verdade que minto agora?

Olá queridos leitores, tenham todos bons dias, tardes, noites, madrugadas, ou seja lá que período vocês se consideram enquanto lêem essa humilde divagação que venho lhes contar.
Há uns dois ou três dias, mais ou menos, estava eu na minha cama, à toa, (havia acordado cedo demais pra tomar café e tarde demais pra voltar a dormir) e comecei a pensar acerca da verdade (até parece). Por cruéis influências cartesianas de um trabalho recente, tentei testar meu raciocínio para ver até que ponto eu conseguiria chegar duvidando até mesmo de minhas dúvidas (pffff). Enfim, desistindo disso, resolvi pensar de outra forma mesmo.
Quando nos remetemos a alguma coisa qualquer estabelecendo a ela um valor de verdade, o que estamos fazendo de fato? (tenho a impressão de que já vi essa pergunta em algum lugar, mas não lembro aonde)
Baseado nessa primeira pergunta, já de antemão, extraí da minha divagação dois campos “clichemente” extraídos, a matemática e a lógica, entretanto com uma diferença. Não os extraí pelo que todos já dizem desde a modernidade serem as únicas fontes de verdades indubitáveis, mas por criarem suas utopias tidas como verdades. Minha humilde e porca visão panorâmica me permite encarar os axiomas lógicos e matemáticos com os mesmos olhos que os argumentos das crenças dos fanáticos ateus e religiosos, ambos, meramente desabáveis com um “por que?”.
Enfim, primeiramente, ao tentar responder essa questãozinha simples, pensei que pudéssemos estar estabelecendo relações com a realidade, mas logo em seguida imaginei que essa resposta deveria ser um pouquinho mais específica. Estamos correspondendo as coisas à realidade captada pelos sentidos em conjunto com o sistema cognitivo humano atual.
O porquê dessa viagem? Bem, imaginei apenas que nossa forma de “ver o mundo” pudesse se alterar drasticamente de alguma forma, e aqui não me refiro apenas a um conjunto novo de informações que nos fizesse capazes de interpretar o mundo de outra forma (como os paradigmas da ciência), mas com relação aos sentidos mesmo, ou até a possível existência de outras formas de vida que “vêem o mundo” através de sentidos diferentes. O ponto é a existência da possibilidade de outras formas do mundo ser representado, ou noutros termos, ser de verdade.
Se a verdade for essa correspondência, só cheguei à conclusão de que a verdade que usamos no nosso dia-a-dia, assim como a verdade que é tratada pelos filósofos da ciência, é meramente convencional, e essa que pretendi encontrar em uma divagação recheada de preguiça matinal, assim como todas as utopias das quais já ouvi dizer, é apenas uma ilusão, aliás, a mais perfeita delas, capaz de ludibriar todos os nossos sentidos e nos fazer tatear o vácuo em busca do nada chamando-o de alguma coisa.
Enfim, uma ótima semana a todos vocês...
...aquele abraço...
...Marmota!

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

“♫♪...Se leio que fumar demais faz mal...♫♪”

Olá pessoal, há um tempo já que não vos escrevo abobrinha alguma, por esse motivo pretendo ensaiar alguma agora. Como tem sido minhas últimas reflexões, esta tem a ver com um ocorrido recente. Tratava-se de uma discussãozinha de boteco acerca de som alto, se não me engano, que veio a cair sobre as leis anti-fumo.
Estávamos falando a respeito das leis que já foram instituídas, que a situação mudou e tal até o momento em que eu, de forma caricata, desejei expor minha opinião particular a respeito do ódio que tenho de fumantes. Eu não sabia a bosta que eu estava fazendo. Um colega de sala, fumante, se pronunciou aparentemente irritado e inconformado com o que eu disse pedindo por premissas da minha opinião e coisas do tipo. Tentei responder a altura, mas só saiu uma merda atrás da outra. Moral da história: Não argumente irritado ou com alguém irritado. Ao menos pra mim isso deve funcionar.
Enfim, tempo depois, já em casa, comecei a pensar: até tem como eu justificar minha opinião segundo preceitos universais, mas pra que eu faria isso? Desde os primórdios dos meus pensamentos eu acredito que cada um deva fazer o que julgar correto de acordo com a sua razão, porque eu tentaria convencer alguém de algo agora?
Bom, o fato é o seguinte, sou totalmente de acordo com o tio Schop quando ele diz que se um indivíduo comete uma injustiça (para afirmar a vontade dele, acaba por negar a de outrem), seja pela força ou pela astúcia, posso me proteger dessa injustiça pela força ou pela astúcia também (eu nego a vontade do camarada).
Sendo assim, considere como for a fumacinha do cachimbo da paz, força, astúcia, outra forma qualquer, isso me agride, tanto meu bem-estar quanto minha saúde. Nesse caso, meu pensamento autoriza sair no braço com o fumante que cospe os dejetos do seu pulmão na minha cara? Pegar um 38 e atirar no dito cujo? Obviamente não. Antes de mais nada, devo lembrar que estamos dentro de uma sociedade que funciona a partir de leis positivas que me impedem de fazer isso. Então procedo da seguinte forma, peço por uma lei de que isso seja tão proibido quanto sair no braço com o camarada, usar minha Fullblade pra proteger a afirmação da minha vontade dentre outros.
Enfim, isso é só uma breve explicação do meu ponto de vista justificado racionalmente com base em uma teoria que, a primeira vista me pareceu bem sedutora, entretanto, não pretendo, nem gosto muito de fazer isso, simplesmente porque acredito que opiniões e preferências não precisam de justificação.
É claro que se eu quiser que algo seja realmente instituído como lei e que outras pessoas passem a se comportar conforme alguns pontos que sejam de minhas opiniões, nesse caso eu devo no mínimo justificar por que isso se faz necessário e/ou convencer, apoiado na estrutura da ditadura da maioria do nosso querido estado leviatânico, uma maioria que fizesse necessário a adequação de tal.
Enfim, espero que fique claro apenas um ponto em tudo o que disse até aqui, e pra isso vou usar uma frasezinha dessas de status de MSN sem citar seu autor original (até mesmo porque não faço idéia de quem o seja): “Por mais que eu discorde veementemente de tudo o que dizes, defenderei sob quaisquer circunstâncias o teu direito de dizer”.
Bom, galerë, vou nessa, um grande abraço...
...tenham uma excelente semana...
...Marmota!

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Crer ou não crer, eis a paixão!


Olá, caros, raros e queridos acompanhantes da jornada das minhas divagações, eis-me aqui para vos falar em primeira mão de um assunto, um tanto polêmico, de uma forma não muito polêmica (ao menos pretendo).
Iniciarei da seguinte forma: “No princípio, havia apenas uma terra roxa sem saúva no centro do universo, e uma semente brilhante provinda do nada, por um acaso do destino, veio a penetrar na terra roxa, que por sua vez a fecundou com o melhor de suas forças. Dessa semente nasceram lindas ramas verdes gigantes que envolveram toda a terra e, por fim, deram a luz à santa e poderosa Grande Batata Branca. Ao nascer, a Grande Batata Branca, criou o mundo como o conhecemos e as coisas como sentimos, as crenças como cremos e até hoje ela se encontra presente entre nós em cada rama de batata que se possa imaginar...”
Pergunta: Há algo de estranho na historinha? (fora o óbvio) Bom, exceto por se tratar de uma religião nada difundida, não me parece nada estranho (sério, eu disse isso???). Agora pensem cá comigo, se uma pessoa tiver sua mente iluminada pelos efeitos da Grande Batata Branca, e crer com fervor no seu poder, que tipo de coisa pode fazer com que ela deixe de crer? Resumindo, como já dizia meu ídolo David Hume (mas com palavras mais adequadas) nós, reles mortais devemos nos ater a assuntos que podemos falar com propriedade, assuntos que tratem de seres superiores, de perfeição suprema, por exemplo, não podem ser discutidos por nós simplesmente porque não temos capacidade pra isso.
Já vi fazerem provas de lógica (que pra mim não significam nada) pra mostrar que Deus existe e que Deus não existe, ambas válidas, verdadeiras e tal e só coloco um porém: Algum ateu passaria a crer em Deus ou um crente passaria a ser ateu por causa de uma prova dessas? (depende) É simples amigos, crença está ligada à paixão (no sentido platônico da coisa), ela não necessita de provas. Os menos dispostos à discussão ignoram toda e qualquer questão relacionada a isso (e isso irrita), os demais refinam sua crença, mas ainda assim é bem difícil que mudem de idéia, e caso mudem, ainda assim não teria sido por efeito de alguma prova de lógica, mas por algum abalo das paixões. Importante relembrar que trato como crença tanto o teísmo como o ateísmo pelo simples fato de, assim como o crente acredita na existência de uma entidade suprema, o ateu crê na sua inexistência.
Agora outro ponto, certos preceitos religiosos. Não irei discorrer sobre muitos deles. Na verdade apenas um que creio ser um grande absurdo. “Quem não crê na existência da divindade está fadado ao inferno após a morte carnal” (ou algo muito semelhante).
Bom, nem vou me ater a assuntos como vida após a morte, reencarnação, inferno, paraíso e etc, mas no preceito de “se não acredita se fode”. O absurdo está escancarado: O camarada pode conhecer a divindade por nomes diferentes, por formas diferentes e ponto, quanto às diferentes religiões isso estaria resolvido, mas e o no caso do Mogli? (se não conhece pesquisa no google) O menino foi criado por ursos, sem ter contato nenhum com religião nenhuma e por causa disso vai queimar no mármore eterno? Bom, ao menos aos meus humildes olhos insignificantes à ditadura da maioria parece ser absurdo.
Enfim, se alguém se interessar pelo que eu penso, eu tenho sim minha crença, sou cristão, não sigo bandeiras, acredito piamente no dito de Shakespeare “Existem mais coisas entre o céu e a terra do que sonha nossa vã filosofia”, e estou sempre disposto a refinar minhas definições que se relacionam à religiosidade. Só tenho alguns poucos preconceitos, não sendo nenhum pouco a fim de perdê-los e tampouco a fim de fazer com que os outros mudem. Não gosto de quem tente convencer sem estar disposto a pensar.
Por hoje é só, fiquem com Deus...
...um grande abraço a todos...
...Marmota! 

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Uma raison d’etre


Olá pessoal, sejam bem vindos novamente e, sem mais delongas irei direto ao assunto (finalmente aprendeu!!! \\o//), mesmo que eu não saiba bem qual é o referido assunto (avá).
Estava passeando pelas páginas da net quando me deparei com um animê que despertou uma certa nostalgia em mim (por incrível que pareça, não era pokémon). Ele não é muito conhecido, também não chega a ser uma obra de arte fora do comum como Death Note (oremos), mas foi um animê que me prendeu a atenção desde o primeiro segundo que eu comecei a assisti-lo até eu perceber que ele havia acabado e não teria mais episódios (tristeza). Trata-se de Ergo Proxy.
Estranhamente, admito, não recomendo a ninguém assistir, pois sei bem perceber que me pareceu tão interessante por muitos dos assuntos envolvidos em sua trama se tratarem em específico da minha subjetividade (ou apenas acho isso por ter viajado foda na maionese), e quando digo isso não me refiro apenas ao forte carregamento de conceitos filosóficos que ele está recheado, mas também a certas experiências, não necessárias à vida de todo mundo (ninguém precisa ter passado 12 anos da vida sem entender o símbolo do Batman, por exemplo), que tive e se fazem necessárias para se compreender alguns pontos.
Bom, em termos técnicos pode-se dizer que se trata de um clichê, uma garota bonita (há quem discorde) que é o centro das atenções, um garoto tímido, monstros (?) super poderosos, civilização pós-apocalíptica vivendo em domos e um mundo totalmente “robotizado” (foda-se se essa palavra não existir). Além disso, embora não tenha aqueles episódios insuportáveis filler, alguns dos episódios são tão non-sense que é bem possível imaginarmo-nos envoltos em um filler (e dos piores).
Enfim, esta é mais uma análise apaixonada do que técnica, haja visto pelo fato de eu apresentar argumentos que não convencesse ninguém a vê-lo e ainda assim dizer que gosto muito. Aliás, sim, eu gosto muito desse animê. Foi um dos que mais gostei, e estou baixando para ver novamente. E como ponto positivo dele, creio eu, também ser a sua melhor característica, o fato de comprovar através de uma meta-linguagem a tão conhecida frase de Heráclito: “tudo é movimento”.
Se me pergunta onde se encontra essa meta-linguagem, apenas peço para que assista novamente quando terminar, e novamente, e novamente... ...bom, comigo funciona, se alguém quiser tentar...
Um excelente fim de semana a todos vocês...
...aquele abraço...
...Marmota!