quinta-feira, 29 de setembro de 2011

“♫♪...Se leio que fumar demais faz mal...♫♪”

Olá pessoal, há um tempo já que não vos escrevo abobrinha alguma, por esse motivo pretendo ensaiar alguma agora. Como tem sido minhas últimas reflexões, esta tem a ver com um ocorrido recente. Tratava-se de uma discussãozinha de boteco acerca de som alto, se não me engano, que veio a cair sobre as leis anti-fumo.
Estávamos falando a respeito das leis que já foram instituídas, que a situação mudou e tal até o momento em que eu, de forma caricata, desejei expor minha opinião particular a respeito do ódio que tenho de fumantes. Eu não sabia a bosta que eu estava fazendo. Um colega de sala, fumante, se pronunciou aparentemente irritado e inconformado com o que eu disse pedindo por premissas da minha opinião e coisas do tipo. Tentei responder a altura, mas só saiu uma merda atrás da outra. Moral da história: Não argumente irritado ou com alguém irritado. Ao menos pra mim isso deve funcionar.
Enfim, tempo depois, já em casa, comecei a pensar: até tem como eu justificar minha opinião segundo preceitos universais, mas pra que eu faria isso? Desde os primórdios dos meus pensamentos eu acredito que cada um deva fazer o que julgar correto de acordo com a sua razão, porque eu tentaria convencer alguém de algo agora?
Bom, o fato é o seguinte, sou totalmente de acordo com o tio Schop quando ele diz que se um indivíduo comete uma injustiça (para afirmar a vontade dele, acaba por negar a de outrem), seja pela força ou pela astúcia, posso me proteger dessa injustiça pela força ou pela astúcia também (eu nego a vontade do camarada).
Sendo assim, considere como for a fumacinha do cachimbo da paz, força, astúcia, outra forma qualquer, isso me agride, tanto meu bem-estar quanto minha saúde. Nesse caso, meu pensamento autoriza sair no braço com o fumante que cospe os dejetos do seu pulmão na minha cara? Pegar um 38 e atirar no dito cujo? Obviamente não. Antes de mais nada, devo lembrar que estamos dentro de uma sociedade que funciona a partir de leis positivas que me impedem de fazer isso. Então procedo da seguinte forma, peço por uma lei de que isso seja tão proibido quanto sair no braço com o camarada, usar minha Fullblade pra proteger a afirmação da minha vontade dentre outros.
Enfim, isso é só uma breve explicação do meu ponto de vista justificado racionalmente com base em uma teoria que, a primeira vista me pareceu bem sedutora, entretanto, não pretendo, nem gosto muito de fazer isso, simplesmente porque acredito que opiniões e preferências não precisam de justificação.
É claro que se eu quiser que algo seja realmente instituído como lei e que outras pessoas passem a se comportar conforme alguns pontos que sejam de minhas opiniões, nesse caso eu devo no mínimo justificar por que isso se faz necessário e/ou convencer, apoiado na estrutura da ditadura da maioria do nosso querido estado leviatânico, uma maioria que fizesse necessário a adequação de tal.
Enfim, espero que fique claro apenas um ponto em tudo o que disse até aqui, e pra isso vou usar uma frasezinha dessas de status de MSN sem citar seu autor original (até mesmo porque não faço idéia de quem o seja): “Por mais que eu discorde veementemente de tudo o que dizes, defenderei sob quaisquer circunstâncias o teu direito de dizer”.
Bom, galerë, vou nessa, um grande abraço...
...tenham uma excelente semana...
...Marmota!

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Crer ou não crer, eis a paixão!


Olá, caros, raros e queridos acompanhantes da jornada das minhas divagações, eis-me aqui para vos falar em primeira mão de um assunto, um tanto polêmico, de uma forma não muito polêmica (ao menos pretendo).
Iniciarei da seguinte forma: “No princípio, havia apenas uma terra roxa sem saúva no centro do universo, e uma semente brilhante provinda do nada, por um acaso do destino, veio a penetrar na terra roxa, que por sua vez a fecundou com o melhor de suas forças. Dessa semente nasceram lindas ramas verdes gigantes que envolveram toda a terra e, por fim, deram a luz à santa e poderosa Grande Batata Branca. Ao nascer, a Grande Batata Branca, criou o mundo como o conhecemos e as coisas como sentimos, as crenças como cremos e até hoje ela se encontra presente entre nós em cada rama de batata que se possa imaginar...”
Pergunta: Há algo de estranho na historinha? (fora o óbvio) Bom, exceto por se tratar de uma religião nada difundida, não me parece nada estranho (sério, eu disse isso???). Agora pensem cá comigo, se uma pessoa tiver sua mente iluminada pelos efeitos da Grande Batata Branca, e crer com fervor no seu poder, que tipo de coisa pode fazer com que ela deixe de crer? Resumindo, como já dizia meu ídolo David Hume (mas com palavras mais adequadas) nós, reles mortais devemos nos ater a assuntos que podemos falar com propriedade, assuntos que tratem de seres superiores, de perfeição suprema, por exemplo, não podem ser discutidos por nós simplesmente porque não temos capacidade pra isso.
Já vi fazerem provas de lógica (que pra mim não significam nada) pra mostrar que Deus existe e que Deus não existe, ambas válidas, verdadeiras e tal e só coloco um porém: Algum ateu passaria a crer em Deus ou um crente passaria a ser ateu por causa de uma prova dessas? (depende) É simples amigos, crença está ligada à paixão (no sentido platônico da coisa), ela não necessita de provas. Os menos dispostos à discussão ignoram toda e qualquer questão relacionada a isso (e isso irrita), os demais refinam sua crença, mas ainda assim é bem difícil que mudem de idéia, e caso mudem, ainda assim não teria sido por efeito de alguma prova de lógica, mas por algum abalo das paixões. Importante relembrar que trato como crença tanto o teísmo como o ateísmo pelo simples fato de, assim como o crente acredita na existência de uma entidade suprema, o ateu crê na sua inexistência.
Agora outro ponto, certos preceitos religiosos. Não irei discorrer sobre muitos deles. Na verdade apenas um que creio ser um grande absurdo. “Quem não crê na existência da divindade está fadado ao inferno após a morte carnal” (ou algo muito semelhante).
Bom, nem vou me ater a assuntos como vida após a morte, reencarnação, inferno, paraíso e etc, mas no preceito de “se não acredita se fode”. O absurdo está escancarado: O camarada pode conhecer a divindade por nomes diferentes, por formas diferentes e ponto, quanto às diferentes religiões isso estaria resolvido, mas e o no caso do Mogli? (se não conhece pesquisa no google) O menino foi criado por ursos, sem ter contato nenhum com religião nenhuma e por causa disso vai queimar no mármore eterno? Bom, ao menos aos meus humildes olhos insignificantes à ditadura da maioria parece ser absurdo.
Enfim, se alguém se interessar pelo que eu penso, eu tenho sim minha crença, sou cristão, não sigo bandeiras, acredito piamente no dito de Shakespeare “Existem mais coisas entre o céu e a terra do que sonha nossa vã filosofia”, e estou sempre disposto a refinar minhas definições que se relacionam à religiosidade. Só tenho alguns poucos preconceitos, não sendo nenhum pouco a fim de perdê-los e tampouco a fim de fazer com que os outros mudem. Não gosto de quem tente convencer sem estar disposto a pensar.
Por hoje é só, fiquem com Deus...
...um grande abraço a todos...
...Marmota! 

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Uma raison d’etre


Olá pessoal, sejam bem vindos novamente e, sem mais delongas irei direto ao assunto (finalmente aprendeu!!! \\o//), mesmo que eu não saiba bem qual é o referido assunto (avá).
Estava passeando pelas páginas da net quando me deparei com um animê que despertou uma certa nostalgia em mim (por incrível que pareça, não era pokémon). Ele não é muito conhecido, também não chega a ser uma obra de arte fora do comum como Death Note (oremos), mas foi um animê que me prendeu a atenção desde o primeiro segundo que eu comecei a assisti-lo até eu perceber que ele havia acabado e não teria mais episódios (tristeza). Trata-se de Ergo Proxy.
Estranhamente, admito, não recomendo a ninguém assistir, pois sei bem perceber que me pareceu tão interessante por muitos dos assuntos envolvidos em sua trama se tratarem em específico da minha subjetividade (ou apenas acho isso por ter viajado foda na maionese), e quando digo isso não me refiro apenas ao forte carregamento de conceitos filosóficos que ele está recheado, mas também a certas experiências, não necessárias à vida de todo mundo (ninguém precisa ter passado 12 anos da vida sem entender o símbolo do Batman, por exemplo), que tive e se fazem necessárias para se compreender alguns pontos.
Bom, em termos técnicos pode-se dizer que se trata de um clichê, uma garota bonita (há quem discorde) que é o centro das atenções, um garoto tímido, monstros (?) super poderosos, civilização pós-apocalíptica vivendo em domos e um mundo totalmente “robotizado” (foda-se se essa palavra não existir). Além disso, embora não tenha aqueles episódios insuportáveis filler, alguns dos episódios são tão non-sense que é bem possível imaginarmo-nos envoltos em um filler (e dos piores).
Enfim, esta é mais uma análise apaixonada do que técnica, haja visto pelo fato de eu apresentar argumentos que não convencesse ninguém a vê-lo e ainda assim dizer que gosto muito. Aliás, sim, eu gosto muito desse animê. Foi um dos que mais gostei, e estou baixando para ver novamente. E como ponto positivo dele, creio eu, também ser a sua melhor característica, o fato de comprovar através de uma meta-linguagem a tão conhecida frase de Heráclito: “tudo é movimento”.
Se me pergunta onde se encontra essa meta-linguagem, apenas peço para que assista novamente quando terminar, e novamente, e novamente... ...bom, comigo funciona, se alguém quiser tentar...
Um excelente fim de semana a todos vocês...
...aquele abraço...
...Marmota!