sábado, 12 de novembro de 2011

Um pouco mais do mesmo...

Olá pessoal, bom dia, boa tarde, boa noite, enfim, serei um pouco direto hoje, ainda que acredite não ter o conhecimento necessário pra tratar desse assunto (como de outro qualquer). A parte boa é que pretendo ser breve.
Bom, trata-se do caso dos alunos da USP lá que todo mundo vem falando. Talvez meu ponto de vista tenha sido prejudicado por influências das fontes que eu li, entretanto, como de costume, tentei fazer com que a objetividade da minha opinião fosse afetada apenas pela minha subjetividade (QUE BIZARRICE É ESSA???), e não pelos ditos das fontes das quais eu fiquei a par dos acontecimentos.
Pelo que fiquei sabendo, tudo teve origem quando o reitor, devido a crimes que se sucederam no campus, decidiu abrir as portas da instituição aos PMs. Decorreu dessa decisão que as “batidas” tornaram-se freqüentes entre os discentes e em uma delas, uns alunos de geografia foram levados presos por portar maconha. Daí pra frente, conflitos entre alunos e policiais, ocupação de prédios, ataques (no sentido acadêmico do termo) mal fundamentados de ambos lados e, enfim, essa coisa toda que se pode acompanhar por qualquer lugar.
O ponto é o seguinte, se determinada ação é crime, é crime em qualquer lugar. Os alunos de uma faculdade não podem se sentir superiores ao ponto de defender uma suposta liberdade distinta lá dentro. Quanto aos demais pontos, creio que pessoas inseridas no meio acadêmico possam encontrar outras formas de reivindicar direitos a não ser através da violência e ocupação. Confesso que quanto a esses últimos pontos fico bem menos seguro do que no primeiro até mesmo por não conhecer tais “outras formas” sequer historicamente.
Uma visão, também sem histeria, em um ponto ainda mais específico e de certo modo até anterior a este que expus pode ser vista no blog do prof. Aguinaldo Pavão, e de certo modo não contraria o que digo, apenas trata de momentos distintos da discussão.
E como não gosto de falar apenas de coisas ruins, ou que não dê brecha pra, ao menos, um sorrisinho, trago também um projeto que achei muito interessante por visar “purificar” um pouco a imagem que os games tem na sociedade (ainda que isso seja meio ultrapassado) e principalmente ajudar quem precisa a ter um pouco de felicidade.
Jogos da Cura é um projeto, inicialmente da 4Player, que pretende levar entretenimento e alegria a crianças que sofrem com doenças graves, que passam boa parte de suas vidas nos hospitais. Assim como o projeto norte americano que inspirou a idéia, o Penny Arcade - Child’s Play, o objetivo é criar eventos de entretenimento em hospitais envolvendo jogos eletrônicos, fazendo com que a situação dessas crianças seja menos dolorosa, e para isso, o pessoal da 4Player já conta com a ajuda da FitGames, uma empresa que trabalha justamente com esse tipo de evento. Caso a idéia dê certo e o projeto receba uma ajuda razoável, é bem provável que o Jogos da Cura não se limite a eventos em hospitais, mas que consiga instalar centros de entretenimento permanentes.
Mais detalhes como, que conseqüências esse projeto pode trazer para a imagem que os jogos eletrônicos têm na sociedade ou quanto isso pode ajudar no tratamento dessas crianças podem ser vistos no vídeo.
Bom pessoal, Que os jogos da Cura comecem...
...um grande abraço a todos...
...Marmota!!!

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Uma Palhinha do Submundo


Olá pessoal, este é o texto inicial de um livro que eu havia começado a escrever e recentemente fui convencido a não desistir da idéia. O título que eu pretendo dar ao livro quando estiver pronto é Ética do Submundo e esse é o primeiro capítulo na íntegra, chamado Dos Modos do Submundo. Enfim, ei-lo:
Uma vez ciente de que, mesmo com esses olhos capazes de obter uma visão razoável mesmo nessas profundas trevas, nunca posso ter por verdade tudo o que é apreendido apenas pela visão, tampouco, mesmo dispondo de uma audição excepcional, confiar em qualquer sensação apreendida apenas por ela, por motivos óbvios, a saber, o fato das trevas serem a ferramenta mais apropriada para que nossas mentes, local ao qual são enviadas todas as informações dos nossos sentidos, possam se mostrar cada vez mais ardilosas até mesmo contra nós, é necessário sempre estar atento a tantos sentidos quanto possíveis sem dispensar sequer aqueles mais abstratos como a intuição e a imaginação.
Assim, o submundo se mostra a cada um de nós com extrema distinção e particularidade, parecendo mais escuro e assustador aos menos acostumados. Por outro lado, aqueles que já se acostumaram com o submundo, só o percebem menos escuro pelo fato de terem calejado seus olhos e sua imaginação com as mais freqüentes sensações, privando-se das infinitas possibilidades de sensações que o submundo oferece.
A maior vantagem em se acostumar com o submundo, enfim, está no contato direto com os não acostumados. As infinitas possibilidades de sensações cegam os não acostumados por ainda serem incapazes de ignorá-las, enquanto um indivíduo já acostumado com as trevas, se astuto, foca sua atenção ao submundo e às suas possibilidades de sensações quando lhe for conveniente, ou foca sua atenção em planejar e executar o mal aos demais indivíduos quando esses lhe aparecerem.
O submundo traz uma gama de perigos inestimável para aqueles que estão inseridos nele, seja pela sua natureza, seja pela natureza dos indivíduos que se encontram nele, ainda que não se possa identificar se o submundo tem essa natureza devido à preferência desses indivíduos ou se os indivíduos tem essa natureza devido às condições do submundo. O fato é que a natureza dos indivíduos do submundo completam a natureza do submundo e a natureza do submundo forma a natureza dos indivíduos, uma vez que qualquer que seja o indivíduo que, seja por questões físicas, seja por questões psicológicas, não se adéqüe ao submundo e à sua natureza é eliminado por ele de maneira precoce.
No que se trata das relações entre os indivíduos do submundo, o que mais se destaca é a sinceridade, pois, uma vez que somente aqueles que se mostram igualmente ardilosos e/ou perversos atingem o nível de estabelecer relações interpessoais, é natural que se saiba que, o que está em jogo não é o bem estar ou a preservação da vida, mas o mal-estar e a morte alheia, sendo assim, a riqueza de outrem me pertencer e a preservação da minha vida chega até mim de forma secundária, e isto se mostra claro uma vez que se trata de um ideal compartilhado por todos.
A morte não é um mal-estar, uma vez que aquele que morreu não sente nada após a sua morte, mas ela é almejada pelo fato de que se o outro morre, ele não poderá causar mal a um terceiro no qual eu poderia causar. Deste modo, entre a morte e o mal-estar é preferível causar o mal-estar, salvo se o indivíduo causar o mal-estar em meu lugar ou tentar a morte, sendo ela a minha, a dele ou a de outrem, a minha porque me priva de causar o mal, a dele porque desta forma ele escapa do mal que eu lhe causaria e a de outrem, porque me priva de causar o mal a este outrem.
O mal-estar não basta ser qualquer um, ele deve de fato causar danos ao corpo ou à mente do indivíduo de forma a perturbá-lo. Meras ofensas não podem ser consideradas mal-estar, pois dependem do entendimento de outrem para sequer serem compreendidas, assim como a discriminação e o preconceito. Esse tipo de tentativa de mal-estar é tão falho e medíocre que sua frustração, ou seja, o não entendimento, que já confirma o fracasso da tentativa, ou a ignorância quando entendido, faz com que o indivíduo que tentou causar o mal-estar se sinta tão perturbado de modo a ser encarado como o alvo efetivo da própria tentativa de causar mal-estar. Logo, formas tão ineficientes como estas são sempre levadas em conta como feitiços que podem ser voltadas contra o feiticeiro e, portanto, devem ser evitadas.
As mais eficientes formas de mal-estar que podem ser causados o são com danos ao corpo e, uma vez em um meio repleto de conflitos, nada mais palpável do que a utilização de armas muito bem escolhidas.
Bom pessoal, é isso, por hoje é só...
...um grande abraço e uma ótima semana...
...Marmota!

terça-feira, 4 de outubro de 2011

E se for verdade que minto agora?

Olá queridos leitores, tenham todos bons dias, tardes, noites, madrugadas, ou seja lá que período vocês se consideram enquanto lêem essa humilde divagação que venho lhes contar.
Há uns dois ou três dias, mais ou menos, estava eu na minha cama, à toa, (havia acordado cedo demais pra tomar café e tarde demais pra voltar a dormir) e comecei a pensar acerca da verdade (até parece). Por cruéis influências cartesianas de um trabalho recente, tentei testar meu raciocínio para ver até que ponto eu conseguiria chegar duvidando até mesmo de minhas dúvidas (pffff). Enfim, desistindo disso, resolvi pensar de outra forma mesmo.
Quando nos remetemos a alguma coisa qualquer estabelecendo a ela um valor de verdade, o que estamos fazendo de fato? (tenho a impressão de que já vi essa pergunta em algum lugar, mas não lembro aonde)
Baseado nessa primeira pergunta, já de antemão, extraí da minha divagação dois campos “clichemente” extraídos, a matemática e a lógica, entretanto com uma diferença. Não os extraí pelo que todos já dizem desde a modernidade serem as únicas fontes de verdades indubitáveis, mas por criarem suas utopias tidas como verdades. Minha humilde e porca visão panorâmica me permite encarar os axiomas lógicos e matemáticos com os mesmos olhos que os argumentos das crenças dos fanáticos ateus e religiosos, ambos, meramente desabáveis com um “por que?”.
Enfim, primeiramente, ao tentar responder essa questãozinha simples, pensei que pudéssemos estar estabelecendo relações com a realidade, mas logo em seguida imaginei que essa resposta deveria ser um pouquinho mais específica. Estamos correspondendo as coisas à realidade captada pelos sentidos em conjunto com o sistema cognitivo humano atual.
O porquê dessa viagem? Bem, imaginei apenas que nossa forma de “ver o mundo” pudesse se alterar drasticamente de alguma forma, e aqui não me refiro apenas a um conjunto novo de informações que nos fizesse capazes de interpretar o mundo de outra forma (como os paradigmas da ciência), mas com relação aos sentidos mesmo, ou até a possível existência de outras formas de vida que “vêem o mundo” através de sentidos diferentes. O ponto é a existência da possibilidade de outras formas do mundo ser representado, ou noutros termos, ser de verdade.
Se a verdade for essa correspondência, só cheguei à conclusão de que a verdade que usamos no nosso dia-a-dia, assim como a verdade que é tratada pelos filósofos da ciência, é meramente convencional, e essa que pretendi encontrar em uma divagação recheada de preguiça matinal, assim como todas as utopias das quais já ouvi dizer, é apenas uma ilusão, aliás, a mais perfeita delas, capaz de ludibriar todos os nossos sentidos e nos fazer tatear o vácuo em busca do nada chamando-o de alguma coisa.
Enfim, uma ótima semana a todos vocês...
...aquele abraço...
...Marmota!

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

“♫♪...Se leio que fumar demais faz mal...♫♪”

Olá pessoal, há um tempo já que não vos escrevo abobrinha alguma, por esse motivo pretendo ensaiar alguma agora. Como tem sido minhas últimas reflexões, esta tem a ver com um ocorrido recente. Tratava-se de uma discussãozinha de boteco acerca de som alto, se não me engano, que veio a cair sobre as leis anti-fumo.
Estávamos falando a respeito das leis que já foram instituídas, que a situação mudou e tal até o momento em que eu, de forma caricata, desejei expor minha opinião particular a respeito do ódio que tenho de fumantes. Eu não sabia a bosta que eu estava fazendo. Um colega de sala, fumante, se pronunciou aparentemente irritado e inconformado com o que eu disse pedindo por premissas da minha opinião e coisas do tipo. Tentei responder a altura, mas só saiu uma merda atrás da outra. Moral da história: Não argumente irritado ou com alguém irritado. Ao menos pra mim isso deve funcionar.
Enfim, tempo depois, já em casa, comecei a pensar: até tem como eu justificar minha opinião segundo preceitos universais, mas pra que eu faria isso? Desde os primórdios dos meus pensamentos eu acredito que cada um deva fazer o que julgar correto de acordo com a sua razão, porque eu tentaria convencer alguém de algo agora?
Bom, o fato é o seguinte, sou totalmente de acordo com o tio Schop quando ele diz que se um indivíduo comete uma injustiça (para afirmar a vontade dele, acaba por negar a de outrem), seja pela força ou pela astúcia, posso me proteger dessa injustiça pela força ou pela astúcia também (eu nego a vontade do camarada).
Sendo assim, considere como for a fumacinha do cachimbo da paz, força, astúcia, outra forma qualquer, isso me agride, tanto meu bem-estar quanto minha saúde. Nesse caso, meu pensamento autoriza sair no braço com o fumante que cospe os dejetos do seu pulmão na minha cara? Pegar um 38 e atirar no dito cujo? Obviamente não. Antes de mais nada, devo lembrar que estamos dentro de uma sociedade que funciona a partir de leis positivas que me impedem de fazer isso. Então procedo da seguinte forma, peço por uma lei de que isso seja tão proibido quanto sair no braço com o camarada, usar minha Fullblade pra proteger a afirmação da minha vontade dentre outros.
Enfim, isso é só uma breve explicação do meu ponto de vista justificado racionalmente com base em uma teoria que, a primeira vista me pareceu bem sedutora, entretanto, não pretendo, nem gosto muito de fazer isso, simplesmente porque acredito que opiniões e preferências não precisam de justificação.
É claro que se eu quiser que algo seja realmente instituído como lei e que outras pessoas passem a se comportar conforme alguns pontos que sejam de minhas opiniões, nesse caso eu devo no mínimo justificar por que isso se faz necessário e/ou convencer, apoiado na estrutura da ditadura da maioria do nosso querido estado leviatânico, uma maioria que fizesse necessário a adequação de tal.
Enfim, espero que fique claro apenas um ponto em tudo o que disse até aqui, e pra isso vou usar uma frasezinha dessas de status de MSN sem citar seu autor original (até mesmo porque não faço idéia de quem o seja): “Por mais que eu discorde veementemente de tudo o que dizes, defenderei sob quaisquer circunstâncias o teu direito de dizer”.
Bom, galerë, vou nessa, um grande abraço...
...tenham uma excelente semana...
...Marmota!

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Crer ou não crer, eis a paixão!


Olá, caros, raros e queridos acompanhantes da jornada das minhas divagações, eis-me aqui para vos falar em primeira mão de um assunto, um tanto polêmico, de uma forma não muito polêmica (ao menos pretendo).
Iniciarei da seguinte forma: “No princípio, havia apenas uma terra roxa sem saúva no centro do universo, e uma semente brilhante provinda do nada, por um acaso do destino, veio a penetrar na terra roxa, que por sua vez a fecundou com o melhor de suas forças. Dessa semente nasceram lindas ramas verdes gigantes que envolveram toda a terra e, por fim, deram a luz à santa e poderosa Grande Batata Branca. Ao nascer, a Grande Batata Branca, criou o mundo como o conhecemos e as coisas como sentimos, as crenças como cremos e até hoje ela se encontra presente entre nós em cada rama de batata que se possa imaginar...”
Pergunta: Há algo de estranho na historinha? (fora o óbvio) Bom, exceto por se tratar de uma religião nada difundida, não me parece nada estranho (sério, eu disse isso???). Agora pensem cá comigo, se uma pessoa tiver sua mente iluminada pelos efeitos da Grande Batata Branca, e crer com fervor no seu poder, que tipo de coisa pode fazer com que ela deixe de crer? Resumindo, como já dizia meu ídolo David Hume (mas com palavras mais adequadas) nós, reles mortais devemos nos ater a assuntos que podemos falar com propriedade, assuntos que tratem de seres superiores, de perfeição suprema, por exemplo, não podem ser discutidos por nós simplesmente porque não temos capacidade pra isso.
Já vi fazerem provas de lógica (que pra mim não significam nada) pra mostrar que Deus existe e que Deus não existe, ambas válidas, verdadeiras e tal e só coloco um porém: Algum ateu passaria a crer em Deus ou um crente passaria a ser ateu por causa de uma prova dessas? (depende) É simples amigos, crença está ligada à paixão (no sentido platônico da coisa), ela não necessita de provas. Os menos dispostos à discussão ignoram toda e qualquer questão relacionada a isso (e isso irrita), os demais refinam sua crença, mas ainda assim é bem difícil que mudem de idéia, e caso mudem, ainda assim não teria sido por efeito de alguma prova de lógica, mas por algum abalo das paixões. Importante relembrar que trato como crença tanto o teísmo como o ateísmo pelo simples fato de, assim como o crente acredita na existência de uma entidade suprema, o ateu crê na sua inexistência.
Agora outro ponto, certos preceitos religiosos. Não irei discorrer sobre muitos deles. Na verdade apenas um que creio ser um grande absurdo. “Quem não crê na existência da divindade está fadado ao inferno após a morte carnal” (ou algo muito semelhante).
Bom, nem vou me ater a assuntos como vida após a morte, reencarnação, inferno, paraíso e etc, mas no preceito de “se não acredita se fode”. O absurdo está escancarado: O camarada pode conhecer a divindade por nomes diferentes, por formas diferentes e ponto, quanto às diferentes religiões isso estaria resolvido, mas e o no caso do Mogli? (se não conhece pesquisa no google) O menino foi criado por ursos, sem ter contato nenhum com religião nenhuma e por causa disso vai queimar no mármore eterno? Bom, ao menos aos meus humildes olhos insignificantes à ditadura da maioria parece ser absurdo.
Enfim, se alguém se interessar pelo que eu penso, eu tenho sim minha crença, sou cristão, não sigo bandeiras, acredito piamente no dito de Shakespeare “Existem mais coisas entre o céu e a terra do que sonha nossa vã filosofia”, e estou sempre disposto a refinar minhas definições que se relacionam à religiosidade. Só tenho alguns poucos preconceitos, não sendo nenhum pouco a fim de perdê-los e tampouco a fim de fazer com que os outros mudem. Não gosto de quem tente convencer sem estar disposto a pensar.
Por hoje é só, fiquem com Deus...
...um grande abraço a todos...
...Marmota! 

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Uma raison d’etre


Olá pessoal, sejam bem vindos novamente e, sem mais delongas irei direto ao assunto (finalmente aprendeu!!! \\o//), mesmo que eu não saiba bem qual é o referido assunto (avá).
Estava passeando pelas páginas da net quando me deparei com um animê que despertou uma certa nostalgia em mim (por incrível que pareça, não era pokémon). Ele não é muito conhecido, também não chega a ser uma obra de arte fora do comum como Death Note (oremos), mas foi um animê que me prendeu a atenção desde o primeiro segundo que eu comecei a assisti-lo até eu perceber que ele havia acabado e não teria mais episódios (tristeza). Trata-se de Ergo Proxy.
Estranhamente, admito, não recomendo a ninguém assistir, pois sei bem perceber que me pareceu tão interessante por muitos dos assuntos envolvidos em sua trama se tratarem em específico da minha subjetividade (ou apenas acho isso por ter viajado foda na maionese), e quando digo isso não me refiro apenas ao forte carregamento de conceitos filosóficos que ele está recheado, mas também a certas experiências, não necessárias à vida de todo mundo (ninguém precisa ter passado 12 anos da vida sem entender o símbolo do Batman, por exemplo), que tive e se fazem necessárias para se compreender alguns pontos.
Bom, em termos técnicos pode-se dizer que se trata de um clichê, uma garota bonita (há quem discorde) que é o centro das atenções, um garoto tímido, monstros (?) super poderosos, civilização pós-apocalíptica vivendo em domos e um mundo totalmente “robotizado” (foda-se se essa palavra não existir). Além disso, embora não tenha aqueles episódios insuportáveis filler, alguns dos episódios são tão non-sense que é bem possível imaginarmo-nos envoltos em um filler (e dos piores).
Enfim, esta é mais uma análise apaixonada do que técnica, haja visto pelo fato de eu apresentar argumentos que não convencesse ninguém a vê-lo e ainda assim dizer que gosto muito. Aliás, sim, eu gosto muito desse animê. Foi um dos que mais gostei, e estou baixando para ver novamente. E como ponto positivo dele, creio eu, também ser a sua melhor característica, o fato de comprovar através de uma meta-linguagem a tão conhecida frase de Heráclito: “tudo é movimento”.
Se me pergunta onde se encontra essa meta-linguagem, apenas peço para que assista novamente quando terminar, e novamente, e novamente... ...bom, comigo funciona, se alguém quiser tentar...
Um excelente fim de semana a todos vocês...
...aquele abraço...
...Marmota!

terça-feira, 17 de maio de 2011

Eye of the tiger

Olá pessoal, é com muito prazer que venho escrever-vos mais uma vez, mesmo que dessa vez, como acredito que acabará por ser na maioria das vezes, eu vá tocar em um assunto que não é de meu profundo conhecimento. Aliás, acredito que quase nada seja de meu profundo conhecimento... que seja, lá vai.
Sabe aqueles momentos da vida em que a gente se sente ficando cada vez menor até achar que vai desaparecer. Não existe nenhuma credibilidade no que dizemos ou fazemos e o pouco que temos que vez ou outra vai nos trazer um pouco de felicidade vai sendo perdido. Bom, aqueles que já sentiram isso com certeza se identificariam com o protagonista da saga que eu mais recentemente comecei acompanhar (e infelizmente já terminou). Trata-se do garanhão italiano, Rocky Balboa.
Desde o primeiro filme, quando aparece ele se afundando e de repente começa a ter umas surpresas boas, mesmo que regadas a mais prejuízos, já começa a ficar mais que bem explicado porque é que ele é tão querido pela torcida. O cara é um sujeito bondoso e, de certa forma, inocente, o que faz ocorrer momentos bem engraçados durante a sua trajetória.
Em meio a, hora discretas, hora escancaradas, críticas sócio-políticas a saga do pugilista traz boas e importantes lições de vida que podem ser encontradas em praticamente qualquer canto. As frases de efeito, como no quarto filme (que critica escancaradamente o avanço tecnológico da URSS), quando o pugilista diz que “...durante a luta, no ringue, haviam dois homens se matando, que é melhor do que milhões...” e nó último quando ele está dando o sermão em seu garoto “...nós tomamos muitas pancadas, mas nunca, ninguém vai bater tão forte como a vida...” (ou algo assim).
Uma das coisas mais legais que ocorrem quando se está assistindo é que, logo após o primeiro, sempre que o Rocky luta, nós sabemos que ele vai apanhar até virar um saco de carne moída e só depois vai começar a espancar o adversário, que muitas vezes continua reagindo até o nocaute, e mesmo assim, isso acontece de forma emocionante. Não sei a quem se devem os créditos disso, porque, mesmo eu não gostando nenhum pouco de boxe tive vontade de socar um pouco. Se bem que nas horas em que aparece ele treinando também tive vontade de sair correndo e subindo escadas ouvindo a musiquinha da vitória, erguer pedras, fazer exercícios e tal. Na verdade eu me empolgo fácil. Fazer o que né.
Enfim, na minha opinião, Rocky, do primeiro ao último, mesmo com discretas variações de qualidade, são obras de arte e das raras, hoje em dia, mais raras ainda de serem encontradas.
Bom pessoal, por hoje é só...
...uns jabs aí em todos vocês, boa semana...
Marmota.

sábado, 14 de maio de 2011

Que o futuro não seja breve...


Caros amigos, ontem a noite fiquei tão triste com algo que vi, pois ao mesmo tempo que vi o ápice da decadência cognitiva humana se revelando a minha frente vi também o ápice da covardia aflorando tanto em mim quanto em todos os demais que se encontravam no mesmo local que eu.
Imaginem a cena: em um coletivo que percorria o caminho da universidade até o centro da cidade, um sujeito se senta em um dos bancos e, em posse de seu similar a Blackberry, começa a tocar em um volume absurdo as músicas mais insuportáveis da face da Terra. O ponto é o seguinte: já que semancol não existe mesmo, gostassem ou não de sua melodia, isso é crime, não se pode reproduzir sons altos em ambientes públicos em nenhum horário. Mas de que vale ser crime se não há nada que faça a lei ser cumprida. A lei se torna, como dito por um professor meu, um tigre banguelo.
E como se não bastasse, como se ainda faltasse alguém para que o dito cujo incomodasse às últimas conseqüências, ele ainda sem sequer disfarçar puxa do bolso de seu casaco uma caixinha de cigarros, puxa um cigarro, guarda a caixinha, e mostra para todo mundo que o cigarro não é de fábrica. É artesanal, e extremamente fétido. E então, felizmente, não esperei para ver se o mesmo veio a acender o dito cujo dentro do coletivo. Graças às forças sobrenaturais existentes entre o céu e a Terra, eu pude descer.
 Eis então algumas questões: porque é que ninguém faz nada? Ninguém sabe o que deve ser feito? Existe medo? Enquanto nenhuma dessas perguntas é respondida, sujeitos como este continuam praticando esse tipo de estupro moral, que termina por reforçar cada vez mais a frase de porta de igreja, por sinal, uma das poucas coisas que concordo da referida instituição: Para que o mal vença, basta que o bem não faça nada. Digamos que nossa variante dessa frase seria, para que o errado continue a se proliferar, basta que o correto não seja feito.
Bom, nesse episódio, eu me senti muito mal por fazer parte da massa nula e passiva, e acredito que não só, e infelizmente, meu post de fim de semana dessa vez não é nenhum anuncio de festa ou grande premiação (como se eu tivesse feito isso alguma vez), mas algo para que reflitamos, e para que pensemos se algo pode realmente ser feito da próxima vez que isso ocorrer (mesmo que o ideal seria se não ocorresse). Mesmo que isso seja acionar a parada e descer em qualquer lugar.
Um excelente final de semana a todos...
...um grande abraço...
...Marmota!

terça-feira, 10 de maio de 2011

Tapa na cara de mão aberta!


Bom pessoal, vou começar as postagens do Marmotagem com uma review que pode acabar perdendo o sentido devido ao tempo. Aqueles de boa memória irão, possivelmente, se recordar de fatos que puderam influenciar na idéia desta postagem, e aqueles que não se lembrarem, é uma historinha no mínimo curiosa. Originalmente postado em 7 de março de 2011 no blog Vida de Universitário...
[...] estava falando com um amigo e possível futuro colaborador do VdU e ele sugeriu algo interessante. Já que minha criatividade sempre está a pino e ainda assim quase nunca tenho assunto, ele me sugeriu postar uma história, mas não como a do Conto de Universitário ou Divinária, algo “one shot”, como um filme desses de sessão da tarde que não tem continuação, começa no nada e termina em lugar algum. Bom, tentarei...
Imaginemos uma cidade grande, como por exemplo, Londres. Uma grande cidade. Não, acho que me enrolaria demais tratando de uma cidade tão grande assim. Imaginemos então uma cidade fictícia que seja o diminutivo dessa primeira.
Pode ser Pequena Londres, no caso. Imaginemos pessoas que falam orgulhosas dos homens que ocupam cargos importantes na política dessa cidade, por causa deles essa cidade cresceu muito, foi muito bem planejada, não falta nada nessa cidade, sempre há vagas nos hospitais, a segurança é impecável, há lazer gratuito e de qualidade para os moradores...
Não, não, eu já havia dito que a cidade era pequena. Por mais que há gente que pense grande na cidade, pra que ela não tenha crescido algo grave deve ter acontecido, como por exemplo, um possível grande roubo na cidade. Mas ainda assim, um roubo apenas não teria causado um atraso significativo pra essa cidade. Digamos que tenha ocorrido três vezes. Supostamente. E esse grande roubo teria acontecido com o consentimento de muitos moradores. O possível acordo teria sido: O ladrão roubaria muito de todos e destinaria uma parcela para construir algo para que alguns disputassem. Prefeito, digo, perfeito. Assim, os próprios moradores pediriam para ser roubados, uma vez que teriam resultados provenientes do ladrão. “Ora, ele rouba, mas faz!”
Tá, e depois disso? Digamos que por lei, uma lei da Natureza, as pessoas não poderiam ser enganadas por si próprias por mais de 12 anos (Que bom se isso fosse verdade). Parece justo. E então, na frente de todos os habitantes, o antigo ladrão diz: Olhem esse rapaz, ele é meu filho, e continuará a fazer o que eu fazia. É para ele que vocês devem entregar o seu dinheiro em troca de disputa por algumas coisas que ele construir com uma parte.
E a torcida vibra! (Que pena)
Mas este novo ladrão quer inovar. Precisa aparecer. Entrar para a história. E faz melhor, ele passa “arrecadando” o dinheiro de toda a população da Pequena Londres, e sabe o que ele faz com uma parcela? Paga tratores para destruir o que o antigo havia construído. Mercadores perdem suas tendas na grande calçada por não se enquadrarem em normas esquecidas desde a era antiga (Quanta coerência). Ele se recusa a aceitar o dinheiro de certas pessoas que escreverem seus nomes em um tamanho muito grande acima de suas casas. E as pessoas trocam. Colocam nomes pequenos. Alguns deixam sem. E afinal, o que as pessoas guardam atrás de seus nomes?
Enfim, a Pequena Londres foi se tornando uma cidade fantasma, assustadora para quem vem de fora e terrível para quem é de dentro (Que dramatizada). Mas nem sempre foi assim. Não precisava ser assim.
Agora um ponto interessante. Das colinas Celtas, surge um grupo de heróis empunhando seus instrumentos suas armas para tentar salvar a cidade pela qual tem grande apreço. Eles invadem a cidade fantasma, convocam a população para a praça central para o grande embate... que não acontece. O novo grande ladrão, invocando os poderes das mais retrógradas e obsoletas leis magias obscuras, impede os heróis de combater. Clérigos poderiam vencer estas poderosas magias, mas no grupo dos heróis só havia bardos. E eles não estavam a fim de fazer a população dar mais dinheiro a ele. O que será que ele faria com mais uma parcela a ser destinada na destruição da Pequena Londres? Vandalizaria todos os ônibus todas as carruagens???
Bom, como prometido, a história acaba assim, quase como começou. Só o que podemos eles podem fazer é esperar por mais algumas eras até que a ditadura da maioria decida quem será o próximo a ocupar o lugar do neto do rival do Jack Sparrow (Minha nossa, essa foi horrível).
Uma excelente semana para todos vocês...
...um grande abraço...
Marmota![...]