terça-feira, 4 de outubro de 2011

E se for verdade que minto agora?

Olá queridos leitores, tenham todos bons dias, tardes, noites, madrugadas, ou seja lá que período vocês se consideram enquanto lêem essa humilde divagação que venho lhes contar.
Há uns dois ou três dias, mais ou menos, estava eu na minha cama, à toa, (havia acordado cedo demais pra tomar café e tarde demais pra voltar a dormir) e comecei a pensar acerca da verdade (até parece). Por cruéis influências cartesianas de um trabalho recente, tentei testar meu raciocínio para ver até que ponto eu conseguiria chegar duvidando até mesmo de minhas dúvidas (pffff). Enfim, desistindo disso, resolvi pensar de outra forma mesmo.
Quando nos remetemos a alguma coisa qualquer estabelecendo a ela um valor de verdade, o que estamos fazendo de fato? (tenho a impressão de que já vi essa pergunta em algum lugar, mas não lembro aonde)
Baseado nessa primeira pergunta, já de antemão, extraí da minha divagação dois campos “clichemente” extraídos, a matemática e a lógica, entretanto com uma diferença. Não os extraí pelo que todos já dizem desde a modernidade serem as únicas fontes de verdades indubitáveis, mas por criarem suas utopias tidas como verdades. Minha humilde e porca visão panorâmica me permite encarar os axiomas lógicos e matemáticos com os mesmos olhos que os argumentos das crenças dos fanáticos ateus e religiosos, ambos, meramente desabáveis com um “por que?”.
Enfim, primeiramente, ao tentar responder essa questãozinha simples, pensei que pudéssemos estar estabelecendo relações com a realidade, mas logo em seguida imaginei que essa resposta deveria ser um pouquinho mais específica. Estamos correspondendo as coisas à realidade captada pelos sentidos em conjunto com o sistema cognitivo humano atual.
O porquê dessa viagem? Bem, imaginei apenas que nossa forma de “ver o mundo” pudesse se alterar drasticamente de alguma forma, e aqui não me refiro apenas a um conjunto novo de informações que nos fizesse capazes de interpretar o mundo de outra forma (como os paradigmas da ciência), mas com relação aos sentidos mesmo, ou até a possível existência de outras formas de vida que “vêem o mundo” através de sentidos diferentes. O ponto é a existência da possibilidade de outras formas do mundo ser representado, ou noutros termos, ser de verdade.
Se a verdade for essa correspondência, só cheguei à conclusão de que a verdade que usamos no nosso dia-a-dia, assim como a verdade que é tratada pelos filósofos da ciência, é meramente convencional, e essa que pretendi encontrar em uma divagação recheada de preguiça matinal, assim como todas as utopias das quais já ouvi dizer, é apenas uma ilusão, aliás, a mais perfeita delas, capaz de ludibriar todos os nossos sentidos e nos fazer tatear o vácuo em busca do nada chamando-o de alguma coisa.
Enfim, uma ótima semana a todos vocês...
...aquele abraço...
...Marmota!

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